3 palestras sobre mulheres que todos os gêneros precisam ver

Feminismo não é meu tema preferido, sou mais o Watson, minha eficiência na exposição sobre feminismo é pífia, mas vou tentar me engajar.
Esses dias li um post da IBM dizendo que eu poderia fazer uma pergunta para o Watson e ele me indicaria palestras do TED que me ajudariam com a questão “How to engage employees with company’s goals?”, esta foi a minha pergunta. O danado ainda não fala muito bem o português.

Comecei por uma palestra, depois vi outra, até que encontrei estas e fugi do tema principal da minha pergunta, o que valeu muito a pena!

Indico para todas as mulheres que vejam ao menos estas 3 e se os homens também o fizerem, que bom pra nós como sociedade avançada que precisamos urgentemente ser:

SherylFB
Sheryl Sandberg: Por que temos tão poucas líderes mulheres?
COO, Facebook

Sheryl é uma graciosa oradora que começa sua palestra expondo números globais sobre a posição das mulheres como líderes:

  • De 190 chefes de estado, apenas 9 são mulheres (não me pergunte se a Dilma está na conta ou não, fico devendo esta)
  • 13% de mulheres estão nos parlamentos pelo mundo
  • 15% de mulheres ocupam diretorias em corporações

O foco da sua palestra é sobre as mensagens que estamos transmitindo às nossas funcionárias e nossas filhas. Ouvindo-a me peguei em atitudes viciadas de preconceito contra mulheres, pratico involuntariamente.

Ela conta histórias ótimas sobre como a mulher se posiciona inferiormente em relação ao homem que não tem o menor problema em se achar o máximo, sempre confiante de que é o melhor no que faz. As mulheres atribuem seus sucessos a fatores externos (eu faço isso muito!) e os homens, adivinhe? Atribuem a eles mesmos, estão certos, sem autoconfiança não se se chega ao topo.

Mulheres não negociam por elas mesmas.

Se temos uma filha que não deu muito certo profissionalmente, tudo bem, mas se for o filho, quanta preocupação!

Por fim, pra não contar tudo, ouça até o último conselho sobre “não sair antes de sair”, tem um ótimo exemplo!



Anne-Marie
Anne-Marie Slaughter: Podemos ter tudo?
Public policy thinker

Anne-Marie trabalhou com a provável futura presidente dos EUA, Hillary Clinton, e prega que a família está em 1º lugar mas que o trabalho não está em 2º lugar, que ambos caminham juntos. Há tempos atrás as empresas viam uma vantagem quando o funcionário não tinha uma família para sustentar, significava que ele teria muito tempo para produzir, hoje a percepção é diferente, o funcionário que tem uma família para cuidar tem grande responsabilidade em manter seu trabalho para prover sustento e conforto à família.

Sua principal proposta é a ressocialização humana, porque nem só os homens precisam aprender como acalmar seus bebês e cozinhar pra sua família, mas mulheres também precisam ajudá-los e incentivá-los a isso e a aceitarem e se dedicarem mais aos desafios profissionais.

Ela ainda faz um questionamento muito pertinente sobre este tema quando se trata de relações homoafetivas, vale a pena ouví-la.


Dame

Dame Stephanie Shirley: Por que as mulheres ambiciosas têm cabeças planas/achatadas?
Entrepreneur and philanthropist

Esta é aplaudida de pé. Uma figura! O tema da palestra tem uma charada, se começar a ouví-la vai querer chegar até o final.

Dame é uma senhora engraçada e bem vivida que criou sua startup, uma software house, nos anos 60. Uma empresa para mulheres, incluindo mulheres gays e trans (uau!) um empreendimento social, estas mulheres trabalhavam em casa, desenvolviam sistemas no método de cartões perfurados.

Ela contratava principalmente mulheres que, por motivos como gestação e casamento, fizeram uma pausa em suas vidas profissionais.

Agora você tem que ouví-la pra sacar porque eram reconhecidas pela cabeça achatada. Adorei! E uma dica importante pra uma mulher que quer estar no topo: escolha muito bem o seu companheiro, então meu especial agradecimento ao meu que, enquanto eu escrevia, dava banho e jantar aos meus filhos!

Vamos lá Senhores, convidem mais mulheres a se sentarem a mesa de reunião com vocês, ensinem-as a fazerem o que fazem tão bem. E, Senhoras, aceitem os convites e desafios que lhe propuserem no mercado de trabalho e mostrem aos seus companheiros e filhos como podem ser felizes fazendo o que vocês foram doutrinadas a fazer. À ressocialização!