Glaucia Vieira

Em crise moral, fui a apresentação do Partido Novo

Numa crise pessoal é comum as pessoas procurarem uma reunião espiritual numa igreja, centro espírita, retiro, vai da crença de cada um. Sendo a nossa uma crise moral, política e econômica, eu achei que esta reunião era mais apropriada para a ocasião.

Eu nunca vi um partido político nascer, quando o convite à reunião de apresentação do Partido Novo me chegou, achei a oportunidade imperdível. Fui.

Antes de chegar ao que importa, quero fazer umas notas técnicas rápidas só pra contextualizar o ambiente do evento. Do convite ao espaço, tudo me pareceu muito moderno, usaram uma plataforma digital para controle dos participantes que emite até voucher com QR Code. A divulgação foi principalmente por mídia social. O logo do partido e a cor laranja vibrante passavam mesmo a ideia de que são diferentes, até as camisetas dos voluntários, participantes da organização, me lembravam algumas das minhas camisetas de corrida.

Começaram pontualmente com um número suficientes de pessoas presentes, ao final já não haviam lugares livres.

O orador começou explicando o básico, o que o motivou a se juntar ao grupo que criou o partido, a que se propunha aquela reunião e logo foi entrando em pontos mais importantes como a ideologia partidária.

Eu não quero falar de escolha partidária, nem dos nomes de sempre da política brasileira, e, só pontuando, não me filiei a este partido, meu objetivo era ouví-los, mas me agradou logo de início perceber que aquele que falava não era mesmo um político de carreira, sabia a teoria que precisava saber sobre o assunto, mas era alguém como meu vizinho, com quem discuto política, era um profissional bem sucedido da área financeira. E assim era todo o grupo, estavam lá devido a esta crise moral, explicando que o que os reuniu foi a indignação. Sabem que conquistar qualquer cargo político por aqui é um plano a longo prazo, mas decidiram seguir em frente para que os filhos usufruam dos resultados no futuro.

Gostei de muitas das ideias que ouvi pra não dizer que gostei de absolutamente todas, como a não utilização do fundo partidário (utilizarão só para campanhas contra o próprio fundo que de início são R$100mil/mês para o Novo e que nós pagamos a todos os partidos, ninguém dá dinheiro pra minha empresa e pra sua?), mercado de livre comércio, diminuição do Estado, equipe exclusivamente técnica na gestão do partido, até o fato de não terem uma opinião formada sobre aborto e drogas não me pareceu um drama porque desde o início se declaram focados e preocupados com a economia, saúde, educação e segurança, básico do básico. Foi um alívio me sentir menos louca encontrando pessoas com as mesmas opiniões que eu, o triste é que dificilmente vou vê-los chegar ao poder mas espero que meus filhos vejam, me comovi com aquele grupo, queria esse futuro agora pra mim e para os meus.

Agora o que a crise, seja ela qual for, nos traz de positivo?

Este partido, com este perfil, formado por estas pessoas e estas ideias jamais existiria se não fosse pela crise moral e econômica. Boa sorte Partido Novo! Que surjam outros assim!

Esta semana teve o CEO Summit da Endeavor, tentei ouvir on line e o que consegui ouvir, gostei muito, eles não se esquivaram de falar sobre a crise econômica. Um dos pontos altos foi a frase dita por Jorge Gerdau “Animal de barriga cheia não caça”. Boa! Se na sua empresa só tem gente choramingando, esperando milagre, mude isso já porque tem quem crie oportunidade na crise sim, tem gente ganhando musculatura, estarão mais fortes ainda na bonança. Aqui na G2 posso sem dúvida dizer que nosso acerto foi a oferta nuvem, meu cliente paga uma mensalidade e tem todos os serviços, softwares e estrutura que precisa por um custo acessível.

A empresária de uma startup que nasceu em um momento de crise no Vale do Silício, apontou como ponto positivo os bons profissionais que ficam disponíveis no mercado. Verdade! Corre meu amigo(a), tem gente talentosa por aí pedindo salários menos inflacionados, eu sinto isso na minha área aqui na G2.

Então dizer que não há crise, não dá, não pode, não tapemos o sol com a peneira, perde-se tempo com isso, então enquanto estamos nela até o pescoço, repense seu negócio, suas estratégias, seu público, seus produtos e mantenha-se vivo, esta crise vai (tem que!) passar.

Reconhecimento Profissional

“…ninguém suporta sustentar pessoas que querem ser reconhecidas o tempo todo em suas irrelevâncias.”

Luiz Felipe Pondé (A Era do Ressentimento)


Acordei sem nenhum dispositivo móvel ao meu alcance pra me acompanhar no café da manhã solitário às 7h de sábado, então peguei o Pondé já lido na prateleira para uma revisão rápida.

O capítulo da frase acima se chama “Reconhecimento”, foi o que escolhi pra reler. Achei oportuno para minha própria reflexão e decidi usar como tema para este post: como praticar o reconhecimento profissional dos meus colaboradores de forma justa, regrada e não necessariamente utilizando-me de recursos financeiros extras, mas mesmo assim satisfazendo essa necessidade de “consumo de bens de reconhecimento” dos meus colaboradores?

Voltando à frase que destaquei, concordo plenamente que acho muito irritante quando noto ou me alertam sobre um colaborador emburrado porque não se sente reconhecido na empresa. Muitas vezes é bem verdade que ele nem é merecedor de uma recompensa porque, antes de mais nada, há uma relação de trabalho, portanto direitos e deveres de ambos os lados sendo cumpridos. Também é muito comum que ele faça uma atividade extraordinariamente bem só que antes deste feito, já ter me aprontado umas outras 10 mal feitas me causando problemas que ele logo se esquece. Fica insustentável esta obrigação extra de satisfazer o ego deste tipo de colaborador.

Para estes casos, não vejo solução. É questão de percepção do colaborador, se este sente-se injustiçado na empresa por falta de reconhecimento do seu esforço sendo que na verdade este suposto esforço é a condição para que ele mantenha sua importância e relevância na empresa, o que o empresário poderá fazer para deixá-lo mais feliz sem ser injusto com outros que realmente se destacam e alcançam melhores resultados?

E quanto a recompensa aos verdadeiros merecedores do reconhecimento profissional?

É claro que o reconhecimento financeiro é muito bem vindo, mas quais as alternativas quando falta dinheiro no caixa pra isso? Ah, e não se engane, segundo estatísticas, só 19% dos seus funcionários estão satisfeitos com o trabalho em tempos de crise (que animador, eu sei…).

Nós temos apostado em investir no diálogo.

Cada um é um indivíduo diferente, com valores diferentes, sendo assim, o diálogo tem que ser 1 a 1, assim é possível descobrir o que é importante para cada um deles. Alguns exemplos das nossas apostas e propostas:

  • Home office: se o colaborador rende bem e sei que pode se comprometer com o trabalho mesmo não estando dentro da empresa, começamos a negociar esta modalidade para algumas ocasiões
  • Flexibilidade na emendas de feriados: combinando com antecedência, geralmente os que pedem por isto tem sempre saldo positivo em banco de horas, nenhum ônus pra empresa, dá pra negociar facilmente
  • Flexibilidade no horário de trabalho: nós estamos em São Paulo, não precisa explicar muito sobre o trânsito em horários de rush, mas também há situações diversas como com uma pequena alteração no horário de entrada/saída e o colaborador conseguirá levar ou buscar o filho na escola ou chegar com mais tranquilidade na faculdade e por aí vai
  • Participação em resultados: se ainda assim perceber que para o colaborador é muito importante a recompensa financeira, em tempos de crise, vale a pena participá-lo nos resultados, se ele te ajuda a aumentar a receita, ele ganha e a empresa também
  • Liberação para acompanhamento das atividades dos filhos: se seu colaborador entende as urgências da empresa e está sempre comprometido com prazos e metas, não é uma obrigação da empresa, não há estatuto pra isso, mas não é simples recompensá-lo negociando uma saída no meio do expediente, que seja, para participar da reunião ou festa na escola do filho? Fácil! Só o RH fica um pouco enlouquecido na administração destas exceções, devo confessar
  • Participação na gestão: se o colaborador está do lado da empresa, vai se sentir reconhecido sim quando você chamá-lo para opinar em um projeto ou qualquer outro plano da empresa

E pra fechar, meritocracia sempre e elogio em alto e bom som.

Produtividade: Stand up meeting

Produtividade e gestão do tempo estão intimamente relacionados, sem controvérsias até aqui certo? Você acredita que tem menos tempo do que gostaria, eu também acho o mesmo assim como meu sócio, meus colaboradores, minha família, meus amigos, meus vizinhos. Não me lembro quando este “problema” começou, minha mãe não reclamava de falta de tempo em casa, ela nos sustentava sozinha, por isso minha referência, não me lembro mesmo, mas agora, temos um enorme problema com o gerenciamento do tempo.

Indo ao ponto do título do post, confesso primeiro que tenho uma certa agonia à reuniões longas, gosto muito das mais curtas e objetivas que são geralmente mais produtivas e poupam um pouco do meu tempo.

Na G2 eu chamo esta modalidade de um outro nome, convido meus colaboradores para uma oração e eles já sabem o que quero dizer. Até que é conveniente nos tempos atuais pedir uma ajuda divina, mas na verdade a chamo assim pela disposição em que nos organizamos, nos posicionamos de pé e em círculo e a duração é de mais ou menos 15 minutos.

Como o tempo é curto e muitos vezes eu interrompo o que todos estão fazendo e portanto quero devolvê-los aos seus postos o quanto antes, todo mundo entende que é pra falar resumidamente e sobre prioridades, por exemplo, minha caixa postal há muito tempo não funciona como eu gostaria, sou ineficiente em administrá-la, então peço que me digam logo o que estou devendo, o que deixei de responder, quais projetos ou clientes estão precisando de atenção, quem está devendo o que para quem, porque alguma providência está parada, qual dos nossos processos não está funcionando bem e ao final dos 15 minutos, sabemos pra onde ir, as atividades estão distribuídas, os problemas estão divulgados e encaminhados e podemos seguir com o dia.

Que a sua produtividade e a dos seus sejam abençoadas. Amém.

Ótima semana!

Eventos empresariais: como escolher e organizar

Quantos eventos empresariais devo participar por ano?

Se você é um empresário, administrador ou gestor de um negócio, é muito provável que tenha pouquíssimo tempo disponível em sua agenda.
Mesmo assim, é altamente recomendável que você participe de ao menos 2 eventos empresariais no ano.
Quando sou convidada a ir em um evento destes, sempre me passa pela cabeça alguns pensamentos como “vou deixar de entregar aquela atividade que prometi”, “vou ter que remarcar aquela reunião”, “nada de treino após o trabalho”, e no final, aproveito muito, volto pra empresa cheia de ideias, chamo todos os colaboradores na mesma semana pra discutí-las, conto casos de sucesso que ouvi, falo sobre gente que conheci e sempre agrego alguma novidade na minha rotina aqui na G2.
Então sempre vale a pena se você considerar que o conteúdo tem que ser do seu interesse e o network tem que valer a pena, aí é só tratar de reservar o quanto antes esta data na sua agenda pra que você não desista de participar!

E quando a minha empresa é quem promove o evento? Qual o melhor formato?

Os menores são os melhores!

Este é nosso lema na G2, como somos muito próximos dos nossos clientes, queremos poder dar atenção a eles e este tipo de evento nos permite um café com um, uma citação durante uma palestra da experiência de um outro que está entre o público, é muito mais proveitoso, pessoal e combina muito com o nosso orçamento que não é muito semelhante a das grandes empresas não é mesmo?

Quando preparamos estes encontros temos o cuidado de pensar principalmente nos seguintes pontos:

Data

Como nosso foco é PME, já sabemos que geralmente o quadro de funcionários é justo, que não é fácil tirá-los da empresa, então nada de agendar eventos em períodos de fechamento de mês, fatalmente as pessoas poderão estar focadas em faturar e/ou entregar relatórios mensais. Outros dias e horários que podem sabotar seu evento, principalmente aqui em São Paulo, são os dias e horários com mais trânsito, as pessoas podem desistir no meio do caminho ou chegar atrasadas quebrando o ritmo do seu evento.

Local e infraestrutura

Estes também são sempre impactantes, se o local é de difícil acesso, mesmo que sua equipe tenha feito um ótimo trabalho confirmando a participação dos convidados para o seu evento, a quebra pode ser maior da que você esperava. Outro ponto relevante é o estacionamento, se o convidado tem dificuldade pra estacionar é bem provável que se atrase e perca o início do evento.
Por fim, contemple no seu check list um espaço apropriado, blocos para anotações, canetas, som, datashow e minimamente um coffee break que é sempre acolhedor e onde acontece o network.

E pra qualquer formato, havendo verba, é sempre bom um presentinho no final como agradecimento pelo tempo do seu convidado, lembre-se, principalmente se sua empresa é do ramo de serviço, seu cliente ou lead está fazendo negócios com pessoas e releva a experiência e relacionamento que tem com você e com os seus.

Tema

Este merece toda atenção e planejamento, novidades e conteúdo não faltam, mas o importante é que você tenha claro qual o objetivo do seu evento. Será um evento pra network, relacionamento? É uma apresentação de novos produtos e serviços que a sua empresa está ofertando? Ou se trata de uma nova questão de mercado que afeta a maioria dos seus clientes e que você está habilitado a ajudar? Tendo isto claro, você não terá dificuldade em encontrar um tema interessante para o seu público alvo.

Convidados

Aqui na G2, obviamente, usamos as funções de CRM do SAP Business One, o que não quer dizer que neste momento não haja um pequeno “conflito interno” quando percebemos que há alguma desatualização em nossa base de dados, porque até quem é de tecnologia de vez em quando gosta de usar um “papel de pão”. O bom é que nos obrigamos a fazer uma auditoria em nossos dados e todo mundo corre pra deixar o CRM em ordem.
Uma forma rápida e eficaz de se fazer um convite é fazê-lo eletronicamente, nós já não fazemos um convite impresso há muito tempo, é bem mais rápido e a natureza agradece. Depois do envio do 1o. email você precisa sempre reforçar aos que não aderiram ao convite ainda enviando um 2o. email ou mesmo telefonando. E aos que já confirmaram presença, agradecer por suas inscrições e enviar um invite para que não esqueçam de colocar seu evento em suas agendas pessoais.

Então vamos lá, escolha os eventos que vai participar e prepare um calendário dos que você vai promover e tenha ótimos encontros empresariais neste semestre!