Neste ano que passou (ou que nunca mais vai passar), inevitavelmente todos conheceram a Cloud Computing ou computação em nuvem na marra. Lives, aulas on-line, home office, consultas, reuniões. Tudo passou pela infraestrutura em cloud. E como ficará a Cloud Computing pós-pandemia?
O crescimento das soluções e infra na nuvem foi exponencial. Antes da pandemia, o Gartner previa um crescimento de 55% do segmento entre 2020 e 2022. Outro instituto de pesquisa, o Forrester estima que em 2021 o mercado irá crescer 35%. A consultoria estima ainda que, até o final deste ano, 60% das empresas estarão em nuvens públicas, e 25% do desenvolvimento de software será serverless (modelo que transforma a infraestrutura em custo variável na nuvem). Já o Fórum Econômico Mundial apontou que 72% das empresas do planeta terão adotado algum serviço Cloud até o final de 2022.
O principal motor desse crescimento foi a necessidade de empresas operarem num ambiente de distanciamento espacial – o home office e o e-commerce. Até então, pouquíssimas empresas operavam com posições de trabalho remoto. Da noite para o dia, plataformas de gestão, comunicação e operação foram para a nuvem para que o negócio não fosse para o espaço.
A inovação já foi um desejo. Na pandemia, tornou-se uma questão de sobrevivência. Novos canais, novos serviços, novos modelos de negócios, novas dinâmicas de operação fizeram a diferença entre a vida e a morte de inúmeras empresas.
A CNI – Confederação Nacional da Indústria realizou uma pesquisa, em meados de 2020, confirmando essa afirmação. Para 83% dos entrevistados, a adoção de novas ferramentas tecnológicas é condição fundamental para a sobrevivência na pandemia e a retomada do crescimento pós-pandemia.
A consultoria Gartner analisa que a Cloud Computing será essencial para 90% das inovações. A explicação é simples. Muito dessa inovação dependerá da captura, tratamento, processamento e análise de grandes volumes de dados, o que demandará escala e velocidade, que só aCloud Computing pode equacionar.
A tecnologia operada em um modelo de nuvem traz inúmeras vantagens, entre elas a racionalização de investimentos. Muito Capex reservado para a infraestrutura de tecnologia torna-se Opex e com um modelo elástico. Ou seja, o custo é proporcional à demanda. Pode crescer e pode diminuir de acordo com o momento da empresa.
Outro aspecto é a facilidade de operar remotamente. Iniciar uma operação em uma outra geografia fica bem mais fácil com seus sistemas baseados em nuvem.
A Nutanix no Enterprise Cloud Index apontou que 86% dos profissionais de TI apontam a cloud como o modelo de infraestrutura ideal para as empresas pela capacidade de gerar impacto positivo nos negócios.
Uma das chaves para esses resultados é a “redução de custos” e “otimização de processos” que a digitalização das empresas propicia. Hoje, a cloud é fundamental nessa jornada digital.
A consultoria IDC corrobora essa visão com o estudo “Covid-19 Impact on IT Spendings”. Nela, 37% dos entrevistados afirmam que a empresa está disposta a assumir risco fazendo adoção de novas tecnologias para sair na frente da concorrência. Na cabeça dos CEO’s da América Latina, a retomada da economia passará por:
E nessa visão, a IDC e a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) apontam que a nuvem pública no Brasil deve alcançar US$ 3,5 bilhões em 2020, crescimento acima de 36% sobre 2019. Deve continuar a trajetória de crescimento expressivo em 2021 para auxiliar as empresas nesse reposicionamento e na aceleração dos negócios.
Essa é uma tendência para ficar de olho em 2021. Usar a computação em nuvem para reduzir custos de infraestrutura, manter a flexibilidade operacional e o trabalho remoto e dotar a empresa de mais agilidade para inovar, criar novos serviços e fidelizar clientes com ofertas digitais.
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