Como será o mercado de telecom para 2021? Essa deve ser a pergunta que se repete. Depois de tornar-se, à fórceps, um serviço essencial em 2020, os serviços de telecom ganham também à atenção do consumidor final e das empresas. A tecnologia 5G ganha importância e promete ser a vedete. Na outra ponta, ter visibilidade dos custos com telefonia fixa, móvel e link de dados passa a ser uma preocupação e também um item importante da competitividade das empresas que estarão mais remotas e com mais serviços digitais.
Como em qualquer segmento, o próximo ano ainda guarda as incertezas de como acontecera a recuperação da economia, qual o cenário operacional, quando teremos vacina, até quando teremos o vai e vem de medidas sanitárias. E, nesse sentido, a avaliação da agência de classificação de riscos Moody’s impõe cautela e foco. Para a Moody’s, apesar da melhora das condições econômicas, o setor de telecom deve conviver com menor geração de caixa, em função de necessidades de investimentos operacionais.
É a história de um pé atrás para depois dar dois para frente. A agência calcula que 20% das receitas geradas pelas Telco na América Latina precisarão ser investidos em expansão de redes, melhorias no 4G e implantação do 5G.
Corroborando essa visão, em entrevista ao Jornal Valor Econômico em 25/11/2020, o Diretor de Marketing da Embratel, Alexandre Gomes, dizia que a pandemia acelerou o processo de digitalização e, apesar de investimentos anuais de R$ 30 bilhões do mercado de Telecom, o setor enfrenta desafios para expandir serviços.
Em outro estudo, a IDC mostra que a Covid-19 impactou os investimentos em TI e Telecom de praticamente todos os setores produtivos. Na América Latina, os investimentos em 2020, podem ter caído mais de US$15 bilhões. Dentre as médias e grande empresas da região, 35% afirmou que deve aumentar o orçamento dedicado a telecom e 43% que pretende reduzir este número, em 2020.
O cenário em 2021 pode ser melhor? Já está melhor. A IDC apontava que, em junho, 48% das empresas do setor de TI/Telecom apresentavam dificuldades financeiras. Em setembro, esse número já havia recuado para 14%. A IDC também aponta que 42% das empresas vão aumentar o orçamento de TI/Telecom para o próximo .
Há um mês, três operadoras ativaram redes móveis de quinta geração em poucos bairros de algumas capitais. Trata-se de um serviço ainda limitado. No país, poucos aparelhos celulares comercializados suportam o 5G e a rede ainda não conta com todo o potencial do 5G. O Serviço é possível pelo compartilhamento de frequências de 4G, um recurso chamado de Dynamic Spectrum Sharing ou DSS. É um tipo de 4,5G mais meio. Agora, é esperar pelo leilão da Anatel.
Ainda há muita discussão sobre a formatação do edital do leilão, a data do lançamento e as tecnologias. Enquanto, na Noruega, O CEO Global da Ericsson (olha só) solicita que o Governo não elimine concorrentes estrangeiros da concorrência. Aqui, ainda fica o debate em torno de bloquear a participação da gigante Huawei.
Mas, o que interessa primeiramente, nesse artigo, é que a rede 5G promete trazer avanços tecnológicos retumbantes – viabilizar carros autônomos, alavancar a telemedicina, tornar o tempo real mais tempo real, melhorar a qualidade, eliminar os congestionamentos de redes, dar velocidade à captura e tratamento de dados e aumentar os dispositivos conectados.
O segundo aspecto é a injeção econômica. O relatório Global Chipset 5G, da Absolut Reports, projetou (antes da pandemia, diga-se) um crescimento de comercialização de 75% ao ano entre 2019-2024. Um estudo realizado pela Nokia e pela consultoria Omdia apontou, na América Latina, o valor econômico potencial do 5G é estimado em até US$ 3,3 trilhões até 2035, distribuídos por TI/Telecom (US$ 572 bilhões), Indústria (US$ 534 bilhões), Serviços (US$ 468 bilhões), Governo (US$ 323 bilhões), Varejo (US$ 262 bilhões) e Agronegócio (US$ 212 bilhões).
No Brasil, a expectativa é um impacto de US$ 1,2 trilhão no período de 2021 até 2035, o equivalente a um ponto percentual adicional no PIB brasileiro., tornando-se um componente forte da recuperação econômica brasileira. Não é à toa que as nações pressionam o Governo Brasileiro para tirar essa ou aquela tecnologia do tabuleiro.
Antes de beber desse mundo maravilhoso do 5G, porém, nesse meio tempo, as empresas de telecom precisam voltar ao começo desse artigo. Redução da geração de caixa e maior controle dos custos de telecom pelos clientes. Ou seja, é preciso investir não só na rede, mas em melhorar a governança, otimizar a operação, melhorar a relação de despesas e custos e garantir melhores controles internos.
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