Todos nós nos perguntamos quais serão as perspectivas para o varejo em 2021. Se há um segmento que tem vivido às voltas com um ambiente de incerteza e um cenário desafiador este é o varejo. Em 2019, o comércio varejista brasileiro teve um crescimento pífio de 1,8% nas vendas, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Era o terceiro consecutivo de alta, mas menor que os resultados 2018 (+ 2,3%) e 2017 (+2,1%) e ainda distante de recuperar os desastres de 2015(-4,5%) e 2016(-6,2%) – o pior resultado em vendas desde 2001. E essa é a boa notícia! A pandemia certamente trouxe impactos e prejuízos para o setor, mas nada que já não tenha sido vivido e superado.
Ainda em 2020, foram seis meses consecutivos de recuperação, de maio a outubro, que não devem render um fechamento muito fantástico para o ano de 2020. No Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), o comércio de Natal registrou queda de -1,8% em relação s 2019. Por outro lado, o varejo virtual registrou forte alta, 15,5%, impulsionado pelas medidas de isolamento. Os segmentos com maiores altas em vendas no varejo total foram:
Já os segmentos mais retraídos pelo ambiente de 2020 foram:
Ainda é difícil afirmar com precisão como o varejo irá se comportar depois da pandemia, seja no curto ou no longo prazo. Em 2020, o comércio varejista enfrentou desafios como a proteção de colaboradores e clientes, reorganização da logística, busca por garantir receitas e gerir melhor despesas e fluxo de caixa.
Este ano de 2021, começa com uma variável adicionar: não contar com a “liquidez” do auxílio emergencial, que está sendo encerrado. Os números do primeiro trimestre vão parecer assustadores porque terão uma base de comparação bastante descolada: o primeiro trimestre de 2019, totalmente pré-pandemia na prática. Além do fim do auxílio emergencial que sustentou em boa parte o varejo dos últimos meses, há ainda cartões recheados com compra de natal e as despesas com IPVA e IPTU.
Como fiz a canção, “desesperar jamais, aprendemos muito nestes anos, afinal de contas, não tem cabimento, entregar o jogo no primeiro tempo”. Além disso, há expectativas positivas para 2021 e entidades do comércio estão apostando na manutenção dessa trajetória de recuperação já registrada em 2020. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projetava maior crescimento do comércio no próximo ano (4,2%), estimulada pelos juros baixos. O varejo permaneceria em recuperação, mesmo sem o auxílio emergencial.
O ano começa com baixa previsibilidade e ainda os mesmos desafios de operar com menor contato humano, vira e mexe abaixar as portas por uma medida de isolamento, criar alternativas para manter ou trazer novas receitas, ajustar logística, cercar custos e manter o fluxo de caixa nas rédeas.Indicamos seis prioridades que você deveria considerar na gestão do seu comércio varejista para correr atrás de melhores perspectivas neste ano:
Claro que você já fez isso em 2020. Não é porque a vacina foi anunciada que você vai baixar a máscara. Da mesma, forma não é permitido desgrudar um segundo do caixa (aliás, com ou sem pandemia. Sempre!).
Significa, na prática, controlar muito mais os gastos, buscar alternativas aos seus custos fundamentais, usar da criatividade para implementar ações, projetos sem que pressione por investimentos ou mais despesas; avaliar nova contratações e mesmo os seus processos para fazer mais com menos headcount.
Muitas empresas não tiveram opção e precisaram optar por crédito para operar em 2020. Neste primeiro trimestre, a missão é não deixar um centavo na mesa:
• Recuperar crédito: ir atrás da inadimplência como se não houvesse amanhã;
• Renegociar débitos: é sempre uma alternativa alongar ou trocar dívidas para ganhar mais um fôlego.
Certamente, muitas empresas do varejo precisaram se reinventar para conseguir obter receitas – delivery, e-commerce, pacotes, venda de serviços futuros. É tudo em nome de garantir ou aumentar a rentabilidade e reter e melhorar a experiência do seu consumidor (fidelizá-lo).
Seus colaboradores estão submetidos a um grande estresse. Os que estão em home office enfrentam os desafios da jornada dupla ou tripla. De gerenciar as ansiedades e necessidades da família e do negócio, do cliente. Cuidar da saúde física e mental desse time deve ser a prioridade número 1. Além da saúde, é preciso sublimar todos os desafios, em alguns momentos, para manter o propósito da sua marca pulsante e o espirito de equipe vivo.
Queremos vender. Mas, é preciso também reter. E fazer um trabalho diuturno de polir a marca em todos os momentos da verdade. Da compra por telefone ou site (que ela seja o menos impessoal possível) à entrega, suporte. É bom lembrar: com isolamento e internet ficou mais fácil virar a casaca e ir para a concorrência. É preciso avaliar os canais de contato e os “check-points” em toda a jornada de relacionamento, além de, claro, aferir a satisfação, coletar feedbacks.
Não se trata de questionarmos suas habilidades como tocador de negócios. É apenas um lembrete. No ambiente incerto em que nos encontramos, é preciso criar horizontes mais curtos. É bom ter a visão do ano e de dois ou três anos. Mas, os seus gols devem ser “quebrados” em objetivos e metas para o trimestre e o mês até. É preciso ter seus grandes objetivos e criar planos A, B e C para atingir ou para contornar uma eventual falha. Nesse momento, a visão de futuro é uma referência. Momentaneamente, é possível que se tenha que abdicar de persegui-la para tornar a empresa possível.
O ano de 2020 deixou muitos aprendizados. Talvez o principal deles é que o sucesso pertence a quem tem capacidade de adaptação rápida. Este 2021, deve ser encarado desta forma também. Olhar o que há lá fora e adaptar-se aqui dentro rapidamente.
Dizem que os chineses grafam a palavra crise juntando as palavras perigo e oportunidades. Sábio. Crises são também grandes oportunidades de fazer diferente, fazer mais e melhor. Então de olho nessas dicas, uma boa estratégia é perseguir o que se pode fazer diferente para proteger caixa, gerar mais receitas, aumentar a satisfação dos clientes e cuidar das pessoas. É ano de pedalar bastante! E de fazer mais e melhor!
A Energimp, cearense geradora de energia eólica, atualizou o Business One, software de gestão para…
A G2 escolheu a Skyone como parceira exclusiva de tecnologias complementares ao SAP buscando aperfeiçoar…
O setor de telecomunicação está entre os que participam ativamente da economia brasileira. Segundo a…
Grupo B1 Top Partners esteve presente no SAP Concur Fusion Exchange, que aconteceu no dia…
O setor de energia no Brasil vive a sua melhor fase. Diante do momento promissor…
Já está mais do que claro que, para alavancar os negócios nos próximos meses e…
Este site utiliza cookies.