“…ninguém suporta sustentar pessoas que querem ser reconhecidas o tempo todo em suas irrelevâncias.”
Luiz Felipe Pondé (A Era do Ressentimento)
Acordei sem nenhum dispositivo móvel ao meu alcance pra me acompanhar no café da manhã solitário às 7h de sábado, então peguei o Pondé já lido na prateleira para uma revisão rápida.
O capítulo da frase acima se chama “Reconhecimento”, foi o que escolhi pra reler. Achei oportuno para minha própria reflexão e decidi usar como tema para este post: como praticar o reconhecimento profissional dos meus colaboradores de forma justa, regrada e não necessariamente utilizando-me de recursos financeiros extras, mas mesmo assim satisfazendo essa necessidade de “consumo de bens de reconhecimento” dos meus colaboradores?
Voltando à frase que destaquei, concordo plenamente que acho muito irritante quando noto ou me alertam sobre um colaborador emburrado porque não se sente reconhecido na empresa. Muitas vezes é bem verdade que ele nem é merecedor de uma recompensa porque, antes de mais nada, há uma relação de trabalho, portanto direitos e deveres de ambos os lados sendo cumpridos. Também é muito comum que ele faça uma atividade extraordinariamente bem só que antes deste feito, já ter me aprontado umas outras 10 mal feitas me causando problemas que ele logo se esquece. Fica insustentável esta obrigação extra de satisfazer o ego deste tipo de colaborador.
Para estes casos, não vejo solução. É questão de percepção do colaborador, se este sente-se injustiçado na empresa por falta de reconhecimento do seu esforço sendo que na verdade este suposto esforço é a condição para que ele mantenha sua importância e relevância na empresa, o que o empresário poderá fazer para deixá-lo mais feliz sem ser injusto com outros que realmente se destacam e alcançam melhores resultados?
E quanto a recompensa aos verdadeiros merecedores do reconhecimento profissional?
É claro que o reconhecimento financeiro é muito bem vindo, mas quais as alternativas quando falta dinheiro no caixa pra isso? Ah, e não se engane, segundo estatísticas, só 19% dos seus funcionários estão satisfeitos com o trabalho em tempos de crise (que animador, eu sei…).
Nós temos apostado em investir no diálogo.
Cada um é um indivíduo diferente, com valores diferentes, sendo assim, o diálogo tem que ser 1 a 1, assim é possível descobrir o que é importante para cada um deles. Alguns exemplos das nossas apostas e propostas:
E pra fechar, meritocracia sempre e elogio em alto e bom som.
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