Adequar uma empresa às normas contábeis nacionais não é uma tarefa simples. E, dentre tantas obrigações legais necessárias para garantir esta conformidade, está o Cosif (Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional).
Tida como uma área crucial para a saúde e prosperidade corporativa, cada vez mais empresas vêm elevando seus investimentos em mecanismos e estratégias que garantam este compliance.
Em dados divulgados pela Febraban, como prova disso, em 2024, foram direcionados cerca de R$ 47,4 bilhões para aprimorar dados, assegurar o compliance, elevar a segurança e a experiência do cliente.
A ideia, com este movimento, é contar com ferramentas robustas que permitam uma gestão contábil mais eficiente e a proteção destes dados internamente, de forma que sigam as regras legais determinadas.
Para auxiliar ainda mais esse gerenciamento, o surgimento do Cosif se mostrou como uma importante novidade no mercado brasileiro, com normas e procedimentos destinados a padronizar e facilitar o controle das operações contábeis.
Ele permite que as empresas tenham uma visão mais clara sobre sua realidade financeira e, com isso, estabeleçam medidas mais assertivas capazes de impulsionar ainda mais seu crescimento saudável.
Em 2025, algumas novidades da Cosif foram anunciadas, as quais precisam ser compreendidas pelas organizações não apenas para garantir sua conformidade, como também para que saibam como usufruir delas a favor da conquista de melhores resultados.
Pensando nisso, veja os tópicos que serão abordados neste texto:
- O que é o Cosif?
- Qual a importância do Cosif para os meios de pagamento?
- Novidades do Cosif para 2025;
- Como adequar sua empresa ao Cosif?
Boa leitura.
O que é o Cosif?
O Cosif (Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional), é um conjunto de normas contábeis específicas destinadas às instituições financeiras do Brasil.
Instituído pelo Banco Central, sua proposta é padronizar e regular a contabilidade das instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional (SFN), estabelecendo, para isso, regras e princípios que devem ser seguidos por essas empresas.
Ele contém a estrutura de contas e modelos de documentos que devem ser enviados aos órgãos reguladores conforme os prazos determinados como, por exemplo, a Demonstração de Resultado e o Balanço Patrimonial.
Antes da criação do Cosif, cada instituição podia seguir e adotar o modelo de contas que preferisse, ou que fizesse mais sentido conforme sua realidade. Porém, isso gerava muitas inconsistências, dificultando a análise e comparação entre essas organizações.
Por essa razão que a chegada do Cosif foi tão importante, pois através de seus critérios e procedimentos, foi possível padronizar este plano contábil corporativo, contribuindo para sua uniformização e elaboração das demonstrações financeiras.
Qual a importância do Cosif para os meios de pagamento?
A chegada do Cosif foi extremamente importante para harmonizar e padronizar as práticas contábeis nas instituições financeiras do país. Quando seguido, ele ainda pode trazer muitos outros benefícios para estas operações.
Veja alguns dos principais:
Padronização e uniformização
A diversidade de planos de contas próprios que era adotado pelas instituições financeiras antigamente abria muito espaço para riscos e divergências contábeis, o que prejudicava seu funcionamento e relacionamento com o mercado.
Revertendo esse cenário, o Cosif assumiu o papel de unificador destas normas, padronizando tais registros a favor de demonstrações financeiras mais coerentes e facilitadas em sua elaboração.
Além de simplificar os processos, isso facilita o acompanhamento e análise comparativa do desempenho dessas instituições, de forma que tomem decisões mais assertivas e embasadas em dados reais.
Facilita a análise e controle contábil
Com uma maior uniformidade dessas demonstrações financeiras, o BACEN, órgão regulador responsável por essa administração, terá uma base padronizada de avaliação que facilitará este processo.
Isso também contribuirá para que consiga identificar inconsistências sem grandes desafios, aperfeiçoando sua supervisão regulatória e identificação de potenciais desafios ou riscos.
Reflete nas demonstrações financeiras
Por mais que seja algo burocrático e essencial para um melhor controle dos órgãos reguladores, o Cosif também traz benefícios para as próprias empresas. Refletindo, principalmente, em suas demonstrações financeiras.
As normas incidem, diretamente, na estrutura de contas e modelos de documentos contábeis das instituições que, ao seguirem essas diretrizes, além de comunicarem tais informações de maneira mais consistente, também facilitarão a interpretação destes dados por parte de investidores, analistas e demais stakeholders.
Adaptação às mudanças regulatórias
O ambiente regulatório nacional muda constantemente e, para acompanhar tais alterações, o Cosif não pode estabelecer normas estáticas. Muito pelo contrário.
Ele evolui em resposta às mudanças desse ambiente, atualizando suas regras a fim de assegurar que o plano de contas das instituições esteja alinhado com as últimas exigências legais estabelecidas.
Maior transparência
Estar em conformidade com o Cosif vai muito além do que uma determinação legal, representando, também, uma maior transparência interna e externa.
Isso porque instituições financeiras que se comprometem com esse cuidado demonstram uma postura proativa em relação à prestação de contas, construindo e fortalecendo a relação de confiança com o mercado e, dessa forma, sua reputação diante de investidores e clientes.
Novidades do Cosif para 2025
O Cosif, como mencionamos acima, ajusta suas normas conforme as mudanças contábeis, sempre visando harmonizar essas práticas com os padrões internacionais e as necessidades do mercado financeiro brasileiro.
Neste ano, suas regras sofreram algumas atualizações que deverão ser compreendidas pelas empresas, a fim de que se mantenham em conformidade e consigam usufruí-las perante uma melhor gestão contábil.
Determinadas para entrar em vigor já a partir de janeiro de 2025, a atualização busca trazer uma nova estrutura para o plano de contas, visando uma maior clareza e consistência na apresentação das informações financeiras e um alinhamento importante com a implementação da Res. CMN 4.966/2021 e Res. BCB 352/2023.
Veja as principais mudanças abaixo:
- Nova estrutura do plano de contas: destinada a alinhar as práticas nacionais às normas internacionais e facilitar a comparação das demonstrações financeiras;
- Critérios de avaliação de ativos e passivos: serão implementados critérios atualizados para a avaliação de ativos e passivos, visando proporcionar melhores práticas do mercado e uma visão mais precisa da saúde financeira das instituições;
- Reconhecimento de receitas e despesas: os critérios para o reconhecimento de receitas e despesas serão revisados, garantindo que reflitam de forma mais fidedigna as operações das instituições financeiras;
- Provisões e tratamento contábil: as normas relativas ao tratamento de provisões serão atualizadas, o que pode afetar a forma como as instituições preparam suas demonstrações financeiras.
Todas essas atualizações podem trazer desafios de adequação às empresas, o que ressalta a importância de investirem em estratégias que as ajudem a conduzir este processo de forma eficaz.
Como adequar sua empresa ao Cosif?
Por mais que se adequar ao Cosif não seja uma tarefa fácil ou simples, existem alguns cuidados e medidas capazes de auxiliar a eficácia desse processo, garantindo que sua empresa se mantenha em conformidade e tenha uma gestão financeira muito mais eficaz.
Confira abaixo:
Treine a equipe
Os profissionais da empresa que estarão mais em contato com essa tarefa precisarão não apenas ter um conhecimento mais aprofundado sobre este tema, como também se prepararem para ajustar os processos e operações com base nas atualizações divulgadas do Cosif.
Isso demandará o investimento em programas de treinamento e capacitação que habilitem esses talentos a conduzirem essa adequação da melhor forma possível, mantendo não apenas tal conformidade como também a utilizando favoravelmente à melhora de sua gestão.
Revise a política interna
De nada adiantará preparar as equipes para essa responsabilidade do Cosif, sem que sua importância seja devidamente compreendida entre todos, assim como permeada na cultura organizacional e políticas internas.
Esse é um ponto de atenção crucial para que haja a máxima assertividade na adequação às normas, revisitando as políticas internas e as fomentando entre os times, de forma que todos se empenhem e compreendam a relevância destas regras para a saúde financeira do negócio.
Monitore os processos
Todo plano estratégico que for colocado em prática precisa ser constantemente aprimorado, a fim de verificar se está atingindo os objetivos propostas ou se algum ajuste precisa ser feito.
No caso do Cosif, esse monitoramento é ainda mais importante, não apenas por questões legais, como também para que a empresa tenha uma gestão financeira assertiva que permita investimentos constantes em estratégias e ferramentas que melhorem e elevem seus resultados.
Busque o apoio de uma consultoria especializada
Direcionar o cuidado com o Cosif a times internos, nem sempre, será vantajoso, pois além de terem que dedicar tempo considerável para garantir essa conformidade, poderiam estar priorizando outras tarefas também importantes para o crescimento da empresa.
Por isso, é recomendável buscar o apoio de uma empresa especializada no ramo que assuma essa tarefa, com profissionais qualificados e capacitados que usem sua expertise para se manter bem-informados a tais mudanças e, com isso, assegurar que os negócios estejam alinhados legalmente.
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Conclusão
Se manter em conformidade com o Cosif vai muito além de uma obrigação legal, sendo também uma oportunidade para as instituições financeiras melhorarem suas práticas contábeis e se alinharem com os padrões internacionais de contabilidade.
Por mais complexo que esse processo possa parecer, ao tomar os cuidados destacados neste texto, será possível garantir uma transição mais facilitada, principalmente, contando com a orientação de uma consultoria experiente no ramo.
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